No entendimento da REAG, o cerco da Polícia Federal, hoje, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família, traduz-se em uma estratégia de fortalecimento institucional da Operação Lava-Jato, o qual deverá dar maior legitimidade ao movimento em favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Acirra-se, assim, a disputa pela opinião pública frente ao enfraquecimento do PT, tornando praticamente inexequível a já moribunda governabilidade do país.
A ação da Lava-Jato foi uma reação à postura soberba do ex-presidente Lula de enfrentamento à investigação. Ao ser colocado no banco dos réus, o ex-presidente mostrou suas garras: conseguiu derrubar o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e esbravejou que não poderia ser investigado. A Lava-Jato reagiu, frente à possibilidade de perder credibilidade.
Ao mesmo tempo em que a investigação contra Lula para apurar possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro do esquema envolvendo a Petrobras, ressuscita o defunto do impeachment, também incitará o levante dos militantes petistas às ruas. Lembrando que Lula é um líder político nato, que ainda detém 20% de aceitação popular.
Se por um lado essa nova ação da Lava-Jato acalora os ânimos nas ruas, o clima no Congresso certamente congelará a pauta de votação. O Planalto também deverá esfriar os ânimos junto a Lula, apesar de essa estratégia ser questionável em um momento em que Dilma talvez necessitará unir forças com o ex-presidente para garantir sua própria sobrevivência no poder.
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