A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,8% no trimestre encerrado em outubro de 2016, de acordo com dados da Pnad Contínua divulgados hoje pelo IBGE, resultado que foi de encontro à projeção da REAG. A taxa ficou acima da leitura nos três meses até julho, de 11,6%, e do resultado apurado no trimestre encerrado em outubro de 2015, de 8,9%, mas permaneceu inalterado em relação ao trimestre encerrado em setembro deste ano, em 11,8%. O exército de desocupados chegou a 12,042 milhões de pessoas nos três meses até outubro, alta de 32,7% ante mesmo período do ano passado e acréscimo de 1,7% sobre os 11,8 milhões em julho. É o maior contingente de desempregados desde o início da pesquisa, segundo o IBGE.
Nossa expectativa é de que o cenário no mercado de trabalho ainda se deteriore ao longo deste ano e do próximo, reflexo de um ajuste lento e gradual da economia. A contração esperada para o PIB em 2017, de -0,5%, deve aprofundar a redução da ocupação o que nos permite projetar um avanço da taxa média anual de desocupação de 8,5% em 2015, para 11,5% em 2016, passando para 12,7% no ano que vem.