O setor de serviços brasileiro reduziu o ritmo de recuperação em maio, ficando praticamente estável e abaixo do esperado, em meio à intensa crise política que afeta o governo do presidente Michel Temer. O volume de serviços registrou alta de 0,1% em maio sobre o mês anterior, informou hoje o IBGE, após ter avançado 1% em abril. A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,5%. Embora o volume prestado de serviços tenha registrado o segundo resultado positivo consecutivo na variação mensal, ainda não há uma trajetória de recuperação no setor.
Sobre maio de 2016, o volume de serviços teve queda de 1,9%, contra expectativa do mercado de baixa de 1,6%. Entretanto, essa foi o menor recuo desde abril de 2015. Segundo o IBGE, o destaque no mês foram “Outros Serviços”, com aumento de 6,2%, seguidos pela alta de 2,4% de “Serviços Profissionais”. Por outro lado, os setores de “Informação e Comunicação” e o de “Transportes”, terminaram maio com quedas de 0,3% e 0,2% respectivamente.
O setor de serviços está sofrendo com a elevada taxa de desemprego, que afeta diretamente a renda da população, mesmo com o cenário de inflação cada vez mais enfraquecido e juros em queda. O setor de serviços também foi afetado pelo solavanco no cenário macroeconômico, a partir de meados de maio, frente à forte crise política desencadeada após delações de executivos do grupo J&F que levaram à denúncia por crime de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer.