A retração da economia em 2015 medida pelo Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) foi um pouco mais acentuada comparativamente ao resultado previamente divulgado. Na leitura preliminar do índice, o IBC-Br registrou queda de 4,08% na comparação com o ano anterior, mas na realidade o tombo foi de 4,22%. A revisão do resultado deve-se basicamente a uma atualização metodológica anunciada pelo Banco Central.

O IBC-Br deve voltar a ser revisado nos próximos meses, como é de praxe pelo Banco Central. Devido à alteração metodológica do indicador observam-se alterações significativas nos dados do segundo semestre de 2015. A taxa dessazonalizada de variação de julho do ano passado na margem (comparativamente ao mês imediatamente anterior) passou de -0,19% para -0,39% e a de agosto ficou de -0,92% para -0,37%. Para a mesma análise, em setembro, a taxa de -0,60% foi revisada para -0,73% e a de outubro de -0,59% para -0,09%. Em novembro, o resultado divulgado inicialmente era de -0,46% e agora está em -0,86% e, em dezembro, saiu de -0,49% para -0,18%. A de janeiro deste ano continuou em -0,61%.

O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. De acordo com a autoridade monetária, a nova série incorpora a estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional do IBGE, além da incorporação da PNAD Contínua, em substituição à Pesquisa Mensal de Emprego, e a da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

Aguardado para ser divulgado esta semana, o IBC-Br de fevereiro ainda não tem data definida de divulgação. Face à forte desaceleração na atividade industrial e ao acirramento na taxa de desocupação do mercado de trabalho, a REAG espera que o mês de fevereiro apresente o 14º resultado negativo consecutivo do ICB-Br, com recuo de pelo menos 1%.