O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), conhecido como “prévia do PIB”, apresentou queda de 0,36% em março comparado a fevereiro deste ano pela série com ajuste sazonal. Esse foi o 15º mês seguido de retração da economia. Na comparação de março deste ano com o mesmo mês de 2015 pela série observada, a retração chegou a 6,31%. Os dados foram divulgados hoje pelo Banco Central. No primeiro trimestre deste ano em relação a igual período do ano passado, houve queda de 6,27%, de acordo com os dados sem ajustes para o período. Na comparação com o quarto trimestre de 2015, com dados dessazonalizados, houve retração de 1,44%. De forma geral, o resultado é reflexo do comportamento retrógrado dos três principais setores econômicos em março: produção industrial (-11,3% YoY e +1,4% MoM); vendas do varejo ampliado (-7,9% YoY e -1,1% MoM) e o setor de serviços (-5,9% YoY).
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o Banco Central a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia e do governo. É válido ressaltar que o IBC-Br foi reformulado recentemente para, dentre outras coisas, promover aperfeiçoamentos em linha com o Sistema de Contas Nacionais (referência 2010). Com isso, as variações dessazonalizadas do indicador do Banco Central se aproximaram do PIB, especialmente a partir de 2014.
Para o PIB neste primeiro trimestre do ano a REAG projeta queda de 6,1% comparativamente ao mesmo período do ano passado, resultado que corrobora com o resultado reportado hoje pelo Banco Central para o IBC-Br (-6,27%). Além disso, nossa projeção também vai de encontro do indicador de PIB mensal divulgado hoje pela FGV, o qual reporta baixa de 5,5% na análise de março último contra março do ano passado. Para a leitura de abril, apostamos que o IBC-Br venha negativo em 5% na comparação interanual e -0,15% na margem (dados dessazonalizados). Para tanto, a REAG sustenta sua projeção nas seguintes estimativas: produção industrial (-9,3% YoY e -0,2% MoM); vendas do varejo ampliado (-9,7% YoY -2,5% MoM), e volume de serviços (-4,0% YoY).