O que o passado mostra sobre o aumento da Selic e da inflação

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O que o passado mostra sobre o aumento da Selic e da inflação

Forbes Brasil

Por Vitória Fernandes

30/10/21

 

O novo patamar da Selic de 7,75% ao ano, atingido na quarta-feira (27), é resultado de diversos fatores políticos, econômicos e de saúde pública, cujos acontecimentos e os respectivos efeitos vêm ocorrendo desde o início de 2020. Ao retornarmos ao início do período, de imediato, a pandemia já ocupa o lugar de protagonismo, com o fechamento de comércio, o isolamento social e a crise sanitária.

Para Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos, existem três pontos que foram ignorados desde o início da pandemia que levaram à situação de hoje. O primeiro é que, logo no começo, a taxa básica de juros estava em seu piso histórico e o Banco Central demorou a reagir, uma vez que já era esperado que o volume de gastos emergenciais iria aumentar. Em agosto de 2020, ou seja, seis meses após o primeiro caso da doença no país, a Selic estava em 2% ao ano, o menor nível da história. “Sabemos que em momento de muitos gastos, precisamos ter a nossa taxa de juros lá no alto para poder manter a demanda e conter a inflação”, afirmou.

O segundo ponto elencado por Pasianotto é o risco político de um novo governo, que já havia acontecido com Luiz Inácio Lula da Silva, quando a inflação bateu 26,5% a.a em fevereiro de 2003, e se repetiu, em menores proporções, com o atual presidente, Jair Bolsonaro, nos dias de hoje.

E em terceiro, ela aponta a crise externa, causada pela pandemia, que gerou desbalanceamento da oferta e da demanda no país, como já aconteceu em outros momentos. “Nós já vivemos esses três pontos em vários momentos da história e parece que não aprendemos muito”, completou Simone Pasianotto.

 

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