UOL (Brasília)
Por Antonio Temóteo
10/08/2021
Governo desiste de usar dinheiro de privatizações para benefício a pobres
O fundo que o governo pretende criar com o dinheiro de privatizações e venda de imóveis para pagar as despesas com precatórios não destinará recursos para bancar um benefício aos mais pobres. A equipe econômica cogitou essa possibilidade, mas preferiu não misturar os temas, afirmou o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal.
O governo estima “economizar” R$ 33,5 bilhões em 2022 com o adiamento do pagamento de dívidas reconhecidas pela Justiça. A medida é vista por analistas e críticos como calote e pedalada fiscal, o que o governo nega.
Críticos acusam governo de ‘pedalada’ e calote.
Analistas destacam o aspecto eleitoral da proposta, questionam a legalidade da medida e chegam a dizer que trata-se de uma “pedalada” e de calote. “Querem abrir um espaço no Orçamento para o próximo ano, dando uma folga para acomodar o novo Bolsa Família. [Esta] é uma bandeira eleitoral, porque o Bolsa Família dá voto”, afirma Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos.