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Desemprego persiste e informalidade se sustenta como saída para os 12 milhões de desempregados: 25% deles procuram emprego há mais de um ano

Com taxa de desocupação praticamente estável no trimestre encerrado em setembro (11,8%), situação que se mantém em quase todas as unidades da federação, o país tem encontrado na informalidade a saída para driblar o desemprego, com grande parte da população procurando emprego por um largo período. Segundo dados divulgados hoje pelo IBGE, a ligeira queda na desocupação se deve à informalidade. A geração de postos de trabalho é em grande parte explicada por recordes em duas categorias que não são formais: houve aumentos de 2,9% no emprego sem carteira no setor privado (11,8 milhões de empregados), e de 1,2% de trabalhadores por conta própria (24,4 milhões de pessoas). Além disso, um quarto dos desempregados (25,2%), ou 3,150 milhões de pessoas, estavam à procura de trabalho há dois anos ou mais.

No terceiro trimestre, a taxa de desemprego foi de 11,8%, ante 12% no segundo e 11,9% em igual período do ano passado.  O número de desempregados é estimado em 12,515 milhões. Em 12 meses, o país tem 1,468 milhão de ocupados a mais – 1,015 milhão são trabalhadores por conta própria, cujo total atinge o recorde de 24,434 milhões. E o acréscimo de empregos sem carteira assinada é bem maior que o de empregos com carteira: 384 mil e 166 mil, respectivamente. São 33,075 milhões de empregados no setor privado com carteira e 11,838 milhões sem carteira, excluídos trabalhadores domésticos (6,276 milhões, a maioria sem carteira).

A chamada subutilização da força de trabalho (que inclui desempregados e subocupados) foi de 24% no terceiro trimestre e os desalentados, pessoas que desistiram de procurar trabalho, somam 4,7 milhões. Em relação à força de trabalho, os desalentados representam 4,2% na média do país. Estimado em R$ 2.298, o rendimento médio do trabalho permaneceu estável tanto na comparação trimestre como anual.

São Paulo foi o único estado a registrar queda na taxa de desemprego no terceiro trimestre, de 12,8% para 12%. Das 27 unidades da federação, 25 delas apresentaram estabilidade em relação ao segundo trimestre. Na outra ponta está Rondônia, com taxa de 8,2%, uma alta de 1,5 ponto percentual. Os maiores níveis de desemprego foram observados na Bahia (16,8%), no Amapá (16,7%), e em Pernambuco (15,8%) e as menores em Santa Catarina (5,8%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Mato Grosso (8%). A REAG projeta que a taxa média de desemprego no Brasil encerre o ano de 2019 em 11,9%, devendo recuar para 11,7% no ano seguinte.

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