Apesar do feriado de Corpus Christi na quinta-feira, a semana terá importantes publicações. Na quarta-feira, teremos o principal evento da semana: a reunião do Copom. No encontro, o Banco Central deve manter a taxa básica de juro em 6,50%, apesar dos crescentes sinais de desaceleração da atividade. Contudo, a comunicação do Comitê deverá ser ajustada, no sentido de sinalizar que o balanço de riscos para a inflação está assimétrico para baixo, o que poderia ser o primeiro passo para uma redução à frente, como esperamos. Entendemos que o balanço de riscos para a inflação está se deslocando para o campo positivo, embora a incerteza sobre a aprovação da reforma da Previdência persista. Muito provavelmente o discurso de “serenidade, cautela e perseverança” será retirado da comunicação oficial.
No decorrer da semana, o Ministério do Trabalho e Emprego deve informar que saldo de empregos formais de maio. Nossa estimativa é de que haja saldo de 83 mil vagas, o que, com ajuste sazonal, representaria saldo de 44 mil empregos. Ao longo da semana, teremos também a arrecadação federal de maio deve cair de R$139,0 bilhões para R$113,5 bilhões. O movimento deve refletir a recuperação fraca da economia e o fim da sazonalidade positiva de abril, que conta com recursos do IRPJ, CSLL e royalties. Se nossa estimativa for confirmada, a arrecadação terá alta anual de 2,1% (A/A), em termos reais
No cenário internacional, a reunião do FOMC será importante para ancorar as expectativas de queda de juros nos EUA. Isso porque os dados mais recentes de atividade têm indicado desaceleração, o núcleo da inflação está arrefecendo e a sinalização do presidente do Fed é de responder “conforme apropriado” para manter o crescimento norte-americano. Esperamos manutenção nesta reunião e queda em julho.