No segundo trimestre deste ano, o Brasil contabilizou 4,7% das pessoas na força de trabalho (102,4 milhões) trabalhando menos do que gostariam, o equivalente a 4,8 milhões de pessoas subocupadas de acordo com os novos indicadores sobre o mercado de trabalho divulgados nesta quinta-feira IBGE. O dado é um complemento da Pnad Contínua e corresponde a 5,3% do total de trabalhadores empregados (90,8 milhões).
É a primeira vez que o IBGE divulga indicadores de subocupação, cujo conceito diz respeito ao total de pessoas que trabalham menos de 40 horas semanais, mas estão dispostas ou precisam trabalhar mais. Segundo a pesquisa, 4,8 milhões de pessoas estavam subocupadas ao final do segundo trimestre deste ano, com alta de 17% comparativamente aos 4,1 milhões de pessoas nessa condição nos primeiros três meses do ano.
Já os desocupados, ou seja, pessoas que procuraram emprego mas não conseguiram, somaram 11,6 milhões no segundo trimestre, ante os 11,1 milhões do primeiro trimestre. Juntando os dois indicadores (subocupação e desocupação) chega-se a um total de 16,4 milhões de pessoas que ou não trabalham dentro do período que gostariam ou estão desempregadas. No primeiro trimestre, esse número era de 15,3 milhões. Assim, a taxa de subocupação e desocupação em relação ao total de pessoas na força de trabalho subiu de 15% no primeiro trimestre para 16% no segundo trimestre deste ano.