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Bolsonaro: a cara do Brasil das contradições

Como ficaria a economia brasileira se Bolsonaro fosse eleito presidente em 2018?

Igual à economia se o PT assumisse a presidência novamente. Infelizmente essa parece ser a resposta mais adequada a essa pergunta.

Por mais estranho que pareça ser, as ideias anacrônicas de Bolsonaro para a economia têm muitas semelhanças com as defendidas pelo PT e por outros partidos ditos organizações de esquerda.

Em outras palavras, parece ser grande a possibilidade de Bolsonaro se usar das mesmas práticas nacional-desenvolvimentista praticadas por Lula-Dilma-Temer, cuja herança perversa é amargada hoje e ainda precisará ser digerida nos próximos anos.

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 Quem é Bolsonaro

  • militar de carreira
  • de opiniões polêmicas
  • divide o carinho e o ódio dos brasileiros

Teoricamente:

  • conservador nos costumes
  • de direita no discurso
  • ferrenho crítico dos petistas

Na prática:

  • ações contraditórias ao discurso liberal
  • esteve mais vezes alinhado ao PT do que à direita nas votações do Congresso

Se diz contra:

  • liberação da venda de terras para estrangeiros
  • o conceito de “Estado mínimo”
  • venda de todas as estatais
  • o uso da taxa de juros para controlar a inflação
  • a reforma da Previdência Social proposta por Temer e, como alternativa, afirmou que era preciso “expor” os bancos em vez de tirar sangue dos aposentados.
  • independência do Banco Central

Se diz a favor:

  • regras trabalhistas mais flexíveis. Contudo, Bolsonaro se ausentou nas duas vezes em que a Câmara votou e aprovou a regulamentação dos serviços de mão de obra nesta legislatura.

Pontos fracos: economia
Zona de conforto:

  • segurança pública,
  • acusações contra o PT e
  • movimentos LGBT

Como político/parlamentar:

  • mandatos marcados por uma postura corporativista e de combate a projetos de ajuste fiscal

Sobre a política fiscal:

  • apesar de falar que não prega o calote na dívida pública, Bolsonaro parece não se preocupar muito com o equilíbrio fiscal, assim como o PT e seus aliados à esquerda. Ele até votou a favor da PEC do teto para os gastos públicos, ao contrário dos parlamentares de esquerda, mas não descarta a possibilidade de rever a medida, caso seja eleito.

Sobre o Banco Central:

  • diz que a autoridade monetária trabalha a favor do sistema financeiro e mantém os juros altos para favorecer os bancos, impondo um custo muito elevado para a rolagem da dívida pública. Bolsonaro se declara contra a independência do Banco Central e diz que, se isso for feito, o presidente da República vai se tornar “refém” do sistema financeiro, que fornece a maior parte dos integrantes da diretoria da instituição.

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