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Agenda Semanal 11 a 15 de abril de 2022 : semana encurtada pelo feriado de Páscoa destaque para as leituras de fevereiro dos setores de serviços e varejo

Nesta semana, destaque para os dados de atividade, ambos do mês de fevereiro, que serão divulgados pelo IBGE. O resultado do setor de serviços será conhecido na terça-feira e as vendas no varejo, na quarta-feira. Assim como na indústria, a expectativa é de que ambos os setores mostrem resultados positivos no mês, recuperando as perdas geradas pela disseminação da variante ômicron no primeiro mês do ano.

 

O volume de serviços deve apresentar alta de 1,3% (MoM) em fevereiro, impulsionado pela maior mobilidade, após o mês de janeiro ter tido novas medidas restritivas adotadas devido à forte disseminação da variante Ômicron e devolvendo a ligeira queda de 0,1% de janeiro, impulsionado pelos serviços prestados às famílias, diante da melhora das condições sanitárias. Também dá suporte para a nossa estimativa, a nossa expectativa positiva para o varejo ampliado (0,9%) e o desempenho positivo da indústria (0,7%). Limitando o movimento, destaque para os altos preços da gasolina.

 

O varejo restrito de fevereiro deve avançar 0,9% (MoM). Dá suporte à projeção, os bons indicadores coincidentes, como o das consultas ao SCPC (1,7%) e o movimento do comércio (0,4%, Serasa). No conceito ampliado, que inclui veículos e material para construção, deve ocorrer aumento de 1,0% (M/M). Destaque para os bons dados sobre vendas de veículos e comerciais leves, apontados tanto pela Fenabrave (16,3%) como pela Anfavea (9,1%).

Na segunda-feira, a FIPE divulgará seu índice de inflação da 1ª quadrissemana de abril, que deve sair de 1,28% para 1,35%. Entre os vetores, deverão ser destaques os encarecimentos dos combustíveis, viagens e medicamentos.

 

O índice IBC-Br de atividade econômica calculado pelo Banco Central também estava previso para ser divulgado nesta semana. No entanto, assim como ocorrido com outros indicadores produzidos pela autarquia, a divulgação foi adiada e ainda não possui nova data de anúncio. Neste caso, a projeção do consenso é que o índice suba 0,5% em fevereiro, refletindo a alta esperada de todos os grandes setores no mês. Em geral, a expectativa é que os dados de atividade deste 1º trimestre deem continuidade ao cenário de recuperação da economia, assim como observado nos dados do mercado de trabalho, liderado pelo setor de serviços, que ainda se beneficia da retomada da mobilidade urbana.

 

Nesse sentido, há espaço para elevação das projeções do mercado para o desempenho do PIB deste 1º trimestre e consequentemente do ano de 2022, que podem migrar dos atuais 0,5% para cerca de 1,0%. Além do comportamento melhor que o esperado no curto prazo, a economia brasileira também deve se beneficiar em 2022 da melhora dos termos de troca (aumento dos preços das commodities) e, em menor grau, da nova rodada de saques do FGTS (de abril a junho), compensando a elevação da taxa Selic e a alta inflação.

 

Na agenda internacional, as atenções desta semana estarão voltadas para o CPI de março na terça, sendo esperado novo avanço significativo diante das pressões altistas sobre os preços dos combustíveis. Também serão acompanhados os pronunciamentos de membros do Fed ao longo da semana. O CPI de março deve avançar para 8,4% (YoY), renovando máxima da série histórica. A tendência inflacionária ascendente pressiona uma ação mais contundente de política monetária na próxima decisão de maio/22, a qual possivelmente elevaria o ritmo de alta da Fed Funds Rates (FFR) para 0,50 p.p..

 

Em retaliação à invasão russa ao território ucraniano, o bloco europeu continua ampliando sanções econômicas ao país, incluindo a proibição de importação de carvão proveniente da Rússia estabelecido na última quinta-feira. Tal medida representa a primeira restrição à energia russa, a qual pode ainda ser reforçada ao longo do confronto. Já a agenda de indicadores econômicos é bastante esvaziada nesta semana, tendo como destaques os dados de inflação na Alemanha – CPI na terça e PPI na semana – e a Reunião do BCE na quinta.

 

Na Ásia, a semana inicia com a divulgação dos dados de inflação na China referentes a março. A inflação ao consumidor (CPI) deve acelerar para 1,3% (YoY) ante 0,9% na última medição, enquanto os preços ao produtor (PPI) tendem a registrar uma desaceleração para 8,1% ante 8,8% em fevereiro/22.

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