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Agenda Econômica Semanal – 7 a 13 de novembro de 2016

Agenda Econômica Semanal – 7 a 13 de novembro de 2016
IPCA em outubro será o destaque da semana

As atenções da agenda econômica desta semana ficarão por conta dos índices de inflação remanescentes referentes a outubro. Como destaque temos a leitura do IPCA (quarta-feira), para o qual estimamos alta de 0,24%, ante 0,08% no mês anterior. A menor deflação nos preços dos alimentos e bebidas e a alta do grupo Transportes, puxada por Etanol, serão os responsáveis pela aceleração. Além disso, teremos o IGP-DI (terça-feira) que deverá avançar de 0,03% para 0,23%. Nossa projeção se baseia na queda moderada dos preços dos produtos agropecuários, refletindo menor deflação do IPA agropecuário, com pressões altistas de produtos in natura e bovinos. No varejo, o IPC deverá ser influenciado pelas altas dos Combustíveis, Serviços de comunicação e Despesas pessoais. O IPC-S deve acelerar na 1ª quadrissemana de novembro puxado por transportes (sustentado pela alta nos preços dos combustíveis), Alimentos e Vestuário, enquanto o IPC-FIPE deverá avançar na 1ª quadrissemana do mês influenciado pela alta dos Combustíveis.

Ainda na agenda nacional teremos o resultado da Pesquisa Mensal do Comércio de setembro, com queda esperada de 1,4% na margem do varejo restrito, que deverá reforçar nossa expectativa de contração de 0,8% do consumo das famílias no terceiro trimestre. Os indicadores coincidentes, como as consultas ao Usecheque (-3,8%, m/m) e o movimento do comércio apurado pelo Serasa (-0,6%, m/m) apontam nessa direção. Já para o conceito ampliado, nossa expectativa é de que o indicador apresente queda de 2,0% (m/m) em setembro em razão da fraqueza nas vendas de veículos no período (Anfavea: -3,6%, m/m e Fenabrave: -3,4%, m/m). Os indicadores coincidentes da indústria de outubro, como o do fluxo de veículos nas estradas (ABCR) e o da expedição de papel ondulado (ABPO), serão divulgados no decorrer da semana. Sobre o setor automobilístico a Anfavea publicará seus números na segunda-feira.

E abrindo a agenda de indicadores internos, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getúlio Vargas recuou 0,8 ponto em outubro, alcançando 92,9 pontos. A queda representa uma acomodação do indicador após sete altas consecutivas, entre março e setembro, que sinaliza atenuação do ritmo de queda do pessoal ocupado na economia brasileira. Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 0,6 ponto em outubro, para 99,2 pontos. A segunda alta consecutiva do indicador o mantém próximo ao máximo histórico, mostrando que o nível de desemprego continua elevado e não mostra evidências de reversão da tendência de alta até agora. Além disso, o Banco Central (BC) divulgou o boletim Focus, que na medição, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional para 2016 caiu para -3,31%. Já para 2017, o prognóstico do PIB ficou em 1,20%. Já a previsão para a taxa de câmbio em 2016 ficou em R$ 3,20. Para 2017 a taxa ficou em R$ 3,39.

Já a agenda internacional ficará focada no resultado das eleições presidenciais nos EUA. A agenda nos EUA contará com dados de Estoques no Atacado, Confiança do Consumidor e a divulgação do relatório mensal de grãos do USDA (quarta-feira). Em setembro, os Estoques no Atacado devem apresentar alta após queda de –0,2% (m/m) registrada no mês anterior. O aumento esperado poderá vir do comercio mais fraco de veículos (-5,1% m/m), que ocorreu mesmo com o ajuste da produção (-1,6% m/m) no período. Já a prévia da Confiança do Consumidor medida pela Universidade de Michigan deverá aumentar em novembro. O avanço dos salários em outubro (de 2,6% para 2,8% a/a) deve ter influenciado positivamente o ânimo das famílias.

As vendas do varejo na Área do Euro devem recuar em setembro, seguindo o desempenho do varejo alemão que registrou queda na margem de 1,4% no período. Já o PMI Manufatura na região, que passou de 53,3 para 55,4 pontos no mesmo período, sugere expansão do setor. Por outro lado, a demanda doméstica mais suave deve limitar o avanço do indicador. Na China, depois de os índices PMI reduzirem as preocupações de curto prazo acerca da economia chinesa, as atenções estarão voltadas à divulgação de diversos indicadores do país referentes a outubro, como por exemplo os resultados de balança comercial, concessões de empréstimos e inflação.

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