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Agenda Econômica Semanal – 6 a 12 de março de 2017

Após o Banco Central atrelar o ritmo da flexibilização da política monetária ao desempenho da atividade, o resultado do PIB do quarto trimestre de 2016, a ser conhecido amanhã, ganhará importância na agenda econômica desta semana. Apesar de ser uma informação antiga, eventuais surpresas baixistas poderão ampliar o carrego estatístico para o resultado do primeiro trimestre. Para o indicador, estimamos queda de 0,6% no quarto trimestre ante os três meses anteriores, levemente inferior às expectativas do mercado (de recuo de 0,5%), fazendo com que o PIB acumule queda de 3,6% no ano passado. Esse resultado seria justificado pela contração de 0,7% (T/T) do setor de serviços e pelo recuo na arrecadação de tributos. O desempenho negativo deve ter sido generalizado, com destaque para a continuidade do enfraquecimento do consumo e do investimento. O setor industrial também deve apresentar desempenho negativo (-0,3%, T/T). Limitando a queda do PIB, o setor o Agropecuário deve ter alta de 5,9% (T/T), refletindo o aumento da produção de importantes culturas como a Soja, o Milho e Mandioca. Apesar disso, esperamos leve alta do PIB no primeiro trimestre de 2017, impulsionada principalmente pelo crescimento da atividade agropecuária.

 O IBGE divulgará também o resultado da produção industrial de janeiro (quarta-feira), que deve ter recuado 0,6% na margem, refletindo a retração da fabricação de veículos no período e puxado pelo fraco desempenho da produção de veículos (-14,5%, M/M, Anfavea) e também pela queda no fluxo de veículos pesados nas estradas (-2,3%, M/M, ABCR). Com isso, o indicador devolverá apenas parcialmente a forte elevação observada em dezembro. Vale mencionar que a mediana das projeções dos analistas de mercado aponta para estabilidade, mas há dispersão considerável das projeções. A produção industrial de janeiro deve ser conhecida na quarta-feira.

 Na sexta-feira, teremos o IPCA de fevereiro, para o qual projetamos alta de 0,46%, contra expectativa mediana do mercado de 0,44%, impulsionado pela sazonalidade de alta do grupo Educação e pelo avanço no grupo Saúde e cuidados pessoais. Assim, a inflação seguirá abaixo da sazonalidade do período e a desinflação continuará disseminada, com destaque para os preços de alimentação. Caso o resultado se confirme, a inflação acumulará variação inferior a 5,00% nos últimos doze meses.

 No exterior, os dados a serem conhecidos na semana que vem deverão reforçar nossa visão de que o crescimento da economia global segue sustentado neste início de ano. Especificamente em relação aos EUA, as informações de emprego referentes a fevereiro, que serão divulgadas na sexta-feira, deverão apontar para continuidade do mercado de trabalho próximo do pleno emprego. Também merece atenção a divulgação do resultado da balança comercial da China de fevereiro, sem data definida. Além disso, na quarta-feira, teremos os dados de inflação ao produtor e ao consumidor chineses, também referentes ao mês passado. O índice de preços ao produtor deve ter acelerado no período, puxado pela elevação dos preços de commodities. Por fim, o USDA divulgará seu relatório mensal de grãos na quinta-feira.agenda-tabela

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