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Agenda Econômica Semanal -5 a 11 de setembro de 2016

Agenda Econômica Semanal – 5 a 11 de setembro de 2016
Ata do Copom e IPCA estarão no radar do mercado esta semana

Política Monetária e inflação ditam o tom da agenda doméstica esta semana. A Ata do Copom será conhecida na terça-feira referente à última reunião em que decidiu manter a Selic em 14,25% ao ano. O documento deve aprofundar a discussão sobre a nova orientação de política do Banco Central, indicando proximidade do início do corte de juros. O texto deve reforçar a ideia de que para a flexibilização da Selic acontecer algumas condições deverão ser atendidas. Assim, os seguintes pontos que devem ser abordados: (i) preocupações com a inflação corrente, que segue pressionada pelos alimentos, (ii) a elevação das expectativas de inflação para 2016 (7,3%) e (iii) o avanço do ajuste fiscal no Congresso. O documento deve trazer também, de forma específica, menção ao fato de que o Banco Central persegue a meta de inflação de 4,5% em 2017.

O IPCA de agosto (sexta-feira), por sua vez, deve desacelerar de 0,52% para 0,46%, em razão do barateamento dos tubérculos, com destaque para o feijão. Também na sexta o IBGE apresenta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) referente a agosto. O IGP-DI de agosto, por sua vez, sairá na quinta-feira e deve apresentar avanço de –0,39% para 0,26%, refletindo a aceleração do preço do milho (baixo estoque no mercado interno), tomate e leite. Também na quinta a FGV divulga os dados do IPC-S da primeira quadrissemana de setembro.

Na terça-feira, os dados da FGV sobre o mercado de trabalho de agosto (Indicador Coincidente de Desemprego e o Antecedente de Emprego) e os números da Anfavea sobre a produção e as vendas de veículos serão publicados. O indicador coincidente da indústria sobre o fluxo de veículos nas estradas em agosto será conhecido na sexta-feira.

A agenda econômica dos EUA vem com poucas divulgações relevantes esta semana, mas o destaque fica para o discurso do presidente do Fed de São Francisco, John Williams, que há algumas semanas defendeu a proposta sobre mudança da meta de inflação, alternativa essa que foi descartada pela presidente da instituição, Janet Yellen.

Na Área do Euro, a leitura final do PIB do 2T16 não deve apresentar alterações em relação à prévia, o que indica desaceleração na comparação com os três primeiros meses do ano, quando a economia no bloco avançou 0,6% (T/T). O crescimento mais fraco do PIB alemão (de 0,7% para 0,4%) bem como a estagnação da economia da França e Itália no 2T16 impactarão o resultado. Na reunião de politica monetária do Banco Central Europeu (BCE), não é esperada mudança nos parâmetros atuais. Com a inflação ainda distante do objetivo de longo prazo, somado aos dados de atividade com desempenho modesto, é esperado um quadro compatível com discussão de novos estímulos. Entretanto, acreditamos que melhora recente nos indiciadores de atividade do Reino Unido trazem alívio, o que deve fazer com a instituição mantenha o discurso de que agirá caso seja necessário.

Na agenda asiática, a inflação ao consumidor na China deve desacelerar em agosto em razão da moderação nos preços dos alimentos. A balança comercial da China deve apresentar superávit maior em agosto. Embora a demanda global continue fraca, o aumento das exportações para a Coréia deve reduzir a queda das exportações na comparação anual.

agenda semanal 5 a 9 setembro tabela

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