Atenções continuam voltadas para os índices de inflação: IPCA, IGP-DI e IPCs
As atenções do mercado estarão esta semana voltadas à divulgação do IPCA de março (sexta-feira) e outros indicadores de nível de preços, como o IGP-DI. Nesta segunda-feira foram divulgados pela FGV o IPC-S (+1,0% em março, contra 0,54% em fevereiro) e IPC-Fipe (+0,71% em março, contra 0,23% em fevereiro). Nossa expectativa é de que o IPCA de março avance de 0,86% para 1,07% puxado por preços administrados, com destaque para gasolina e gás de cozinha. No sentido oposto, os serviços devem seguir bem-comportados, diante do recrudescimento das medidas de restrição à mobilidade. Também serão conhecidos os dados de mercado automobilístico do mês passado, que deverão mostrar queda da produção e das vendas de veículos no período. A 1ª prévia do IGP-M de abril também será divulgado na sexta. Já o IGP-DI de março (quarta-feira) deve desacelerar de 2,71% para 2,32%.
Já a agenda de indicadores de atividade econômica será pouco movimentada nesta semana. Hoje tivemos o Boletim Focus, as expectativas para inflação e crescimento econômico no radar diante das rápidas revisões observadas nos últimos relatórios. O IPCA 2021 chegou a 4,81% a.a., subindo pela 12ª semana consecutiva, no entanto mantendo-se ancorado na meta para 2022 em 3,5%. O PIB 2021, por sua vez, sofreu revisão para baixo pela 4ª vez consecutiva, para 3,1% a.a.. Os indicadores coincidentes de atividade referentes a março serão conhecidos, tais como os dados de produção automobilística da Anfavea (quarta) e da Fenabrave (entre os dias 01 e 06/04).
No tocante às discussões acerca dos riscos do Orçamento de 2021 aprovado no Congresso, o senador Márcio Bittar (MDB-AC) encaminhou ofício de cancelamento de R$10,0 bi de emendas parlamentares previstas. Apesar deste remanejamento, o governo ainda deverá articular com os parlamentares formas de recompor as despesas obrigatórias subestimadas na LDO apresentada pelo Congresso. Dessa maneira, o mercado continuará atento para a construção de um Orçamento exequível ao longo desta semana.
No exterior, destaque para a divulgação da ata da última reunião do FOMC. O documento deverá reforçar a postura mais cautelosa da autoridade monetária, em um contexto de inflação ainda baixa, apesar da aceleração da economia esperada para os próximos meses com o avanço da vacinação e o elevado grau de estímulos fiscais e monetários. Ademais, as leituras finais dos índices PMI deverão confirmar o desempenho positivo das principais economias desenvolvidas.