Produção Industrial e inflação estão no radar da semana
Resultados da produção industrial e da inflação ao consumidor serão os destaques da agenda doméstica. Na terça-feira, a produção industrial de abril deve apresentar variação nula. Sobre os indicadores coincidentes, há números mistos. De um lado, temos a Anfavea apontando crescimento de 8,4% da produção de veículos. De outro lado, destaque para o Instituto Brasileiro de Siderurgia apontando queda de 3,1% na produção de aço em abril, algo que pode ser reflexo da possível taxação adicional americana na importação do aço brasileiro. Na quinta-feira, é a vez de conhecermos os números da FGV sobre mercado de trabalho de maio (IAEmp – Indicador Antecedente de Emprego e ICD – Indicador Coincidente de Desemprego).
Em relação ao IPCA de maio (sexta-feira), projetamos variação de 0,29%, levando em conta a aceleração dos preços da gasolina e de alimentação, enquanto os núcleos deverão permanecer comportados. O IPCA deve acelerar estimulado pela mudança da bandeira tarifária na cobrança das contas de luz (de verde – sem cobrança adicional – para amarela – R$1 a cada 100 kWh -) e pelos os reajustes tarifários em Porto Alegre, Ceará, Salvador, Campo Grande, Belo Horizonte e Recife. Além disso, teremos os efeitos inflacionários promovidos pela greve dos caminhoneiros, com destaque para encarecimento de combustíveis e dos alimentos (in natura e Leite). Na quinta-feira, o IGP-DI deve acelerar de 0,93% para 1,23% (M/M) em maio, impulsionado pelo encarecimento do Minério de ferro, Combustíveis (Óleo diesel e Gasolina), Soja em grão e produtos alimentícios industrializados.
Além disso, serão conhecidos os dados de produção de veículos, já referentes a maio, que nos ajudarão a calibrar as expectativas para o PIB do segundo trimestre, tendo em vista as recentes revisões baixistas para a atividade econômica.
Na agenda internacional, destaque para indicadores de atividade da Área do Euro e dados de inflação na China. Na próxima semana teremos o resultado do PIB do primeiro trimestre da Área do Euro, que deverá confirmar crescimento de 0,4%, ritmo favorável de expansão, porém mais moderado do que o observado no ano passado. As vendas no varejo de abril da região deverão confirmar essa percepção, assim como a produção industrial da Alemanha. Dados referentes a maio de inflação, tanto ao consumidor quanto no atacado, e desempenho da balança comercial serão os destaques da agenda chinesa.