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Agenda Econômica Semanal – 26 de setembro a 2 de outubro de 2022 : Ata do Copom, Relatório de Inflação, dados de inflação e emprego serão os destaques da agenda local

A divulgação da Ata da última reunião do Copom, na terça-feira, deve reforçar o tom duro do Banco Central com a inflação e a sinalização de que os juros permanecerão em patamar elevado por um período prolongado. Na quinta-feira, o BC apresentará o Relatório de Inflação referente ao terceiro trimestre e deve trazer mais detalhes das projeções de inflação e crescimento.

A divulgação do IPCA-15, na terça, será acompanhada com bastante atenção pelo mercado. Esperamos uma deflação de 0,38% para esse indicador em setembro, com o preço dos combustíveis sendo uma contribuição baixista importante. Atenção especial para a média dos núcleos de inflação, que deve trazer inflação em 0,48%, ao se excluir os itens mais voláteis.

Para o IGP-M, na quinta-feira, esperamos deflação de 0,98%, com quedas de preços no atacado e no varejo, com destaque para o minério de ferro, combustíveis e alguns alimentos em natura.

Os dados de agosto do Caged na quarta-feira, e da PNAD Contínua, na sexta, devem mostrar continuidade da melhora do mercado de trabalho. Prevemos a criação de 265 mil vagas de empregos formais, segundo informações do CAGED, resultado bastante positivo, embora abaixo do mesmo mês em 2021, quando houve a criação de 373 mil vagas.

A taxa de desemprego deve mostrar recuo, de 9,1% para 8,9% em agosto, com contribuição da sazonalidade favorável e da normalização da atividade, principalmente nos serviços prestados às famílias.

Ainda na quarta-feira, o Banco Central divulga os dados de crédito referentes aos meses de julho e agosto. Assim, a divulgação dos dados do setor será normalizada, encerrando a defasagem ocorrida em função da paralisação dos servidores, que terminou em julho. Espera-se que os dados sobre o estoque de crédito comecem a mostrar desaceleração, em função da política monetária contracionista.

Ao longo da semana, é esperada a arrecadação federal, para a qual nossa estimativa é de R$ 168 bilhões, o que representa um crescimento interanual de 5,6% em termos reais. As arrecadações de imposto de renda das empresas e da CSLL devem ser os destaques positivos, impulsionadas pela recuperação da atividade.

Os dados do setor externo de junho e julho passados foram divulgados nesta segunda-feira. O resultado das transações correntes do Brasil em julho de 2022 mostrou um déficit de US$ 4,1 bilhões, ante resultado negativo de US$ 1,2 bilhão no mesmo mês de 2021, informou o Banco Central (BC). O déficit em transações correntes nos doze meses até julho de 2022 somou US$ 36,6 bilhões (2,08% do PIB), ante US$ 33,6 bilhões (1,92% do PIB) no mês anterior e US$ 20,9 bilhões (1,37% do PIB) em julho de 2021. A balança comercial de bens registrou superávit de US$4,2 bilhões em julho de 2022, ante saldo positivo de US$6,3 bilhões em julho de 2021. As exportações de bens totalizaram US$30,2 bilhões, enquanto as importações somaram US$26,1 bilhões, alta de 17,4% e de 33,8% em comparação a julho de 2021, respectivamente.

No exterior, atenção ao PCE e falas de membros do Fed Destaque para o discurso de J Powell na manhã de terça-feira e de diversos dirigentes regionais ao longo da semana. No geral, deve ser mantido um tom duro, reforçando o comprometimento o Fed com a estabilidade de preços. Na sexta-feira será conhecido o PCE de agosto, uma das principais referências para as decisões do Fed Ao longo da semana, ainda, teremos a divulgação das primeiras sondagens de setembro dos EUA, Europa e China.

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