Na agenda doméstica, os destaques serão o PIB, indicadores do setor externo, crédito e política fiscal de janeiro
O mercado doméstico estará atento aos dados de arrecadação em uma semana movimentada que tem como destaque a divulgação do PIB de 2017. Nesta segunda-feira, atenção para os dados divulgados há pouco da dívida pública federal[1], investimento estrangeiro direto e conta corrente. Às 14h30, serão divulgados os dados de arrecadação de janeiro, com estimativa de R$ 147,1 bilhões. Às 15h, serão divulgados os dados da balança comercial semanal.
Já o grande destaque da semana entre os indicadores fica para o PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre e do acumulado de 2017, que será divulgado quinta-feira (1º de março) pelo IBGE. A expectativa da REAG é que a economia brasileira cresça 0,3% no último trimestre do ano, com uma alta de 1% no total de 2017, encerrando o período de dois anos seguidos de recessão.
Além do PIB, sairão dados fiscais, números do emprego, do setor externo e índices de inflação. Entre os principais números, na quarta-feira o Banco Central apresenta o resultado fiscal do governo central, com a estimativa da REAG de um superávit primário de R$ 32,8 bilhões no mês, mantendo o déficit primário em 1,7% do PIB no acumulado em 12 meses.
No mesmo dia também o IBGE divulga o resultado de janeiro da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. A taxa de desemprego deve ficar estável em 11,8% no trimestre encerrado em janeiro, segundo projeções da REAG. Caso se confirme, isso marcará uma queda no desemprego de 12,4% para 12,1%. Vale ainda destacar que, após o rebaixamento da nota soberana do Brasil na sexta-feira pela Fitch Ratings, a agência de avaliação de riscos Moody´s abre missão no Brasil.
Essa semana será bastante importante no mercado externo, em especial nos Estados Unidos. Na quarta-feira, o recém-empossado presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fará seu primeiro discurso no Congresso. Ele poderá dar novas pistas sobre os próximos passos do Fomc (Comitê de Política Monetária) em um momento que o mercado está dividido sobre o ritmo de altas de juros ao longo do ano.
Entre os indicadores, atenção para a segunda prévia do PIB do quarto trimestre dos EUA, que deve confirma uma expansão de 2,6% no fim do ano passado, com alta acumulada de 2,3% em 2017. Além disso, na quinta-feira (1), será divulgado o índice de preços de gastos com consumo (PCE), o índice preferido pelo Fomc para analisar a evolução da inflação. Uma leitura acima do esperado pode gerar nova volatilidade nos mercados.
Na Zona do Euro, destaque para a divulgação dos dados de inflação ao consumidor, na quarta-feira (28), e para a taxa de desemprego da região, que sai na quinta-feira (1). Já na China, atenção especial paras os PMIs da indústria e serviços, que costumam ter impacto em empresas de commodities, como a Vale.
[1] A dívida pública federal, que inclui os endividamentos do governo dentro do Brasil e no exterior, teve queda de 0,87% em janeiro, para R$ 3,52 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (26 de fevereiro de 2018). Em dezembro do ano passado, a dívida somava R$ 3,55 trilhões. A redução está relacionada com o alto volume de vencimentos, ou seja, de retirada de títulos públicos do mercado. No mês passado, esses resgates somaram R$ 109,31 bilhões e diminuíram a dívida nesta proporção.