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Agenda Econômica Semanal – 26 de agosto a 1 de setembro de 2019

Agenda Econômica Semanal – 26 de agosto a 1 de setembro de 2019

PIB nos EUA e no Brasil estão entre os principais indicadores desta semana

 

A divulgação dos PIBs nos EUA e no Brasil estão entre os principais indicadores desta semana, apesar de os mercados globais seguirem dominados pela mais recente escalada na guerra comercial EUA-China. Na sexta-feira à noite, Trump anunciou tarifas adicionais sobre o total de importações chinesas (US$ 550 bilhões), em reação à decisão chinesa de definir uma taxa de 10% para US$ 75 bilhões em produtos americanos.

O indicador doméstico mais importante da agenda doméstica, o PIB/2TRI, será divulgado na quinta-feira e a expectativa é de que ganhe ritmo contra o 1TRI, quando veio negativo (-0,2%), para um crescimento de 0,2%, pelos cálculos da REAG. O resultado deve refletir o descompasso entre os setores de indústria e serviços, com o primeiro apresentando desempenho mais modesto que o segundo. Ainda com fôlego modesto, a atividade econômica, combinada à inflação bem-comportada, contrata novos cortes para a Selic, mas o impacto da trade war sobre o câmbio já arrisca a possibilidade de a taxa básica de juros ficar abaixo de 5%. O mercado estará de olho em possíveis revisões para baixo do PIB. Informações de bastidores indicam que a equipe econômica já está orientada a começar estudos para revisar as projeções para o ano que vem.

Diante do choque externo da guerra comercial e da crise na Argentina, comenta-se que o PIB/2020 deve ficar abaixo de 2%. Para 2019, não descartamos a possibilidade de o PIB vir negativo no 3TRI e frustrar a mediana da Pesquisa Focus (0,8%), conforme divulgado na manhã desta segunda-feira. Em julho, o Ministério da Economia já reduziu a estimativa oficial do PIB de 2020 de 2,6% para 2,2%.

Ainda na manhã desta segunda-feira, o Banco Central anunciou os dados do setor externo em julho: redução no saldo positivo da balança comercial, aumento do déficit em renda primária; recuo no estoque de reservas internacionais. Nesta semana teremos também os resultados fiscais de julho (quinta-feira) e o consolidado do setor público (sexta-feira). Já a inflação será conferida pelo IGP-M fechado de agosto (quinta-feira) e prévia do IPC-Fipe (terça-feira). Na terça-feira, saem os dados de crédito de julho do Banco Central e relatório mensal da dívida pública. Por fim, na sexta-feira, será divulgada a PNAD contínua de julho e Aneel divulga a bandeira da conta de luz em setembro. Acreditamos que os dados do mercado de trabalho de julho seguirão mostrando recuperação gradual do emprego, tendência que deve se manter até o final do ano.

No exterior, merecem destaque os dados de inflação e consumo dos EUA de julho. As últimas informações de vendas do varejo sugerem crescimento mais intenso do consumo no período, que deve vir acompanhado de aceleração dos núcleos de inflação. Por fim, mais sondagens de agosto de China, Área do Euro e EUA deverão ser divulgadas ao longo da semana.

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