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Agenda Econômica Semanal – 25 de abril a 1º de maio de 2022 : Agenda doméstica tem prévia do IPCA e indicadores do mercado de trabalho

Após a escassez de dados nas últimas duas agendas semanais, esta semana vem mais carregada e tem como destaque a prévia do IPCA de abril, ainda sugerindo inflação corrente em níveis elevados e com os números recentes colocando em dúvida a estratégia do Copom de encerrar o ciclo de alta da Selic na próxima reunião (3 e 4 de maio). Dentre os dados de atividade econômica, destaque para o mercado de trabalho em março, que deve confirmar um nível de atividade acima do esperado no primeiro trimestre.

 

O IBGE divulga, na quarta-feira, a prévia oficial da inflação, o IPCA-15, que deve mostrar expressiva alta de 1,84% em abril, atingindo a impressionante marca de 12,15% no acumulado em 12 meses (ante 10,79% em março). O indicador deve ser pressionado pelos preços dos combustíveis, reflexo do reajuste realizado pela Petrobras ainda em março, além da alta dos preços dos alimentos. Adicionalmente, o indicador também já deve capturar parte do reajuste dos preços dos medicamentos, de até 10,89%, autorizado a partir do 1º de abril. A FGV, por sua vez, publica o IGP-M de abril na quinta-feira, cuja expectativa é de alta de 1,76% no período, influenciado pela alta dos preços no atacado, em especial, dos combustíveis e dos fertilizantes, em função do conflito na Ucrânia.

Tais dados, em conjunto com a atualização do Boletim Focus, devem manter a maior parte do mercado apostando na necessidade de um movimento adicional do Copom em junho, apesar de o Banco Central reforçar a mensagem que deve realizar um último ajuste em maio (de 1,0 ponto porcentual, para 12,75% aa).

 

No mercado de trabalho, o Ministério da Economia divulga o Caged na quinta-feira e o IBGE divulga a PNAD Contínua na sexta-feira, ambos referentes ao mês de março. Para o Caged, a expectativa é de geração líquida de 127,5 mil vagas, dando continuidade ao processo de retomada do emprego formal, especialmente no setor de serviços. Para a PNAD, a expectativa é que a taxa de desemprego suba de 11,2% para 11,4%. Apesar do alívio na pandemia, que tem ajudado no processo de recuperação de emprego, o avanço da taxa no mês reflete questões sazonais, como a dispensa de trabalhadores temporários contratados para os eventos de fim de ano. Na comparação com o mesmo período de 2021, há uma melhora expressiva, quando a taxa ficou em 14,9%.

 

No campo fiscal, o Tesouro divulga os números do governo central de março na quinta-feira, que deve registrar déficit primário de R$ 10,3 bi, pior que o registrado (em termos reais) em março de 2021 (R$ 2,2 bi), pressionado pela ampliação de gastos, como o Auxílio Brasil e desoneração de alguns impostos (sobre combustíveis e IPI). No âmbito da atividade, a FGV divulga ao longo da semana as sondagens de confiança referentes ao mês de abril, que podem apresentar alguma recuperação no mês, diante da melhora da situação sanitária e liberação de recursos do FGTS.

 

No exterior, destaque para os dados dos de atividade dos EUA Na quinta e sexta feira serão divulgados dados de PIB, consumo e renda pessoal referentes ao primeiro trimestre, importantes para confirmar a leitura de atividade econômica ainda robusta nos EUA Também no fim da semana, as sondagens da indústria e do setor de serviços na China darão as primeiras pistas sobre o ritmo da atividade econômica no início do segundo trimestre.

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