Brasil: Mercado estará atento à decisão do Copom e à taxa de desemprego de março
O principal evento da semana será a reunião do Copom na quarta-feira. A expectativa da REAG é de que o Comitê decida pela manutenção da Selic nos atuais14,25% a.a.. Apostamos ainda que a decisão pela estabilidade da taxa de jutos voltará a contar com o consenso dos membros do Copom.
Outro indicador que atrairá a atenção do mercado é a taxa de desemprego de março (sexta-feira), medida pela PNAD do IBGE. A REAG projeta que o indicador aponte crescimento no volume de trabalhadores desocupados comparativamente ao tamanho da força de trabalho da ordem de 10,5%, basicamente por conta do enfraquecimento da atividade.
O resultado primário do governo central do mês de março será conhecido na quinta-feira, para o qual a REAG prevê déficit de R$ 13,8 bilhões. Caso confirmado, o déficit acumulado em 2016 já totaliza -R$24,2 bilhões, enquanto no mesmo período de 2015, o resultado foi positivo em R$ 4,5 bilhões.
Os índices de preços continuam no radar dos economistas nesta semana. Na quinta-feira será divulgado o IGP-M de abril, que deverá vir com desaceleração de 0,51% para 0,35% (M/M), influenciado pela menor inflação dos produtos agropecuários (IPA-M) e pela recente valorização do real. Em contrapartida, os produtos industrializados devem voltar a pressionar os preços (alta do minério de ferro). Com isso, em 12 meses o IGP-M deve desacelerar de 11,56% para 10,65%. O INCC-M de abril também deve mostrar alívio, em razão da dissipação dos reajustes salariais em algumas capitais brasileiras.
EUA: os eventos de maior destaque essa semana será a decisão de política monetária do Fed e os dados do PIB do 1T15
Em relação à reunião do FOMC, a expectativa é de manutenção nos atuais parâmetros da política monetária norte-americana. Contudo a atenção estará na avalição da autoridade sobre o balanço de riscos da economia global, que de forma geral, melhorou desde a última reunião. Em contrapartida, os dados domésticos de atividade, com destaque para a expectativa de crescimento menor do PIB no 1T16, deve dar suporte para que o comunicado mantenha o tom cauteloso. No que se refere ao PIB, a 1ª prévia deve mostrar que a economia cresceu menos no 1T16 em função dos indicadores mais fracos na indústria e no setor de construção.
Zona do Euro: os índices de confiança, de forma geral, devem apresentar desempenho misto. De um lado, a ampliação de medidas de relaxamento monetário adotadas em março pelo Banco Central Europeu, conjuntamente à queda na taxa de desemprego devem pesar favoravelmente. Por outro, a crise dos refugiados e o baixo dinamismo da economia global devem depor negativamente. Em relação ao PIB da Zona do Euro do 1T16, o resultado preliminar deve mostrar ligeira alta comparativamente ao trimestre anterior, dado o aumento dos gastos das famílias e a melhora do mercado de trabalho. Já a prévia da inflação de abril na Zona do Euro deve ser nula em função da valorização no preço do petróleo.
A REAG investimentos não se responsabiliza por quaisquer ações ou decisões baseadas nas informações contidas em suas publicações. Os dados e análises das suas publicações não devem ser tomados exclusivamente como regra para outras publicações, tomadas de decisão, avaliações e/ou julgamentos. Todas as consequências e responsabilidades pelo uso dos dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo a REAG de todas as ações decorrentes do uso deste material. O acesso a estas informações implica total aceitação deste temo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com autorização da REAG ou citação da fonte.