Destaque para a divulgação da ata do Copom e reunião do FOMC, que deve aumentar a taxa básica de juros nos EUA
Na terça-feira, a ata poderá trazer maior detalhamento em relação às circunstâncias que devem levar à normalização gradual da política monetária. No documento, o Banco Central deve mostrar mais detalhes sobre a uma possível antecipação no processo de normalização da política monetária devido às incertezas eleitorais e à elevação do risco de um cenário adverso. Na quinta, será conhecido o Relatório Trimestral de Inflação do 3T18. Na apresentação, que deve trazer um reforço de comunicação sobre o balanço de riscos visualizado pelo BCB, teremos destaque para a participação do presidente da instituição, Ilan Goldfajn. O foco das atenções acerca do Relatório de Inflação estará nas projeções de inflação, com um cenário híbrido (câmbio estável e alta de juros do Focus) e na revisão da projeção de crescimento deste ano. Também conheceremos os dados fiscais, que deverão mostrar o benefício da arrecadação de royalties de petróleo, e do setor externo, que mostrarão, novamente, contas bem ajustadas.
O IGP-M de setembro deve acelerar de 0,70% para 1,19% em setembro, impulsionado pelos preços dos Grãos (Soja e Milho), Minério de Ferro e Combustíveis, que deve refletir o reajuste do Diesel nas refinarias. O INCC, um dos índices que compõem o IGP-M, deve desacelerar de 0,30% para 0,16%, em razão da baixa pressão dos custos com a mão de obra da construção civil. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definirá a bandeira tarifária vigente em outubro na sexta. Acreditamos que será mantida a bandeira vermelha patamar 2.
No decorrer da semana, a FGV deve publicar toda as suas sondagens sobre a confiança de setembro. Na segunda, está prevista a do consumidor, na terça, a da construção, na quarta, a do comércio, na quinta, a da indústria e, na sexta, a de serviços. A taxa de desemprego (sexta) deve cair de 12,3% para 12,1% em agosto. Se confirmado, representará manutenção da taxa com ajuste sazonal em 12,2%.
Na agenda internacional a atenção fica por conta do FED que deverá anunciar nova alta de juros de 0,25 p.p. e sinalizar continuidade do gradualismo no processo de normalização. Na próxima quarta-feira, o FED deverá anunciar nova alta de juros, elevando a taxa básica de juros em 0.25 p.p., para o intervalo entre 2,00% e 2,25%. Em sua última ata, embora o Fed tenha mencionado os conflitos comerciais como um risco, seu impacto sobre a atividade foi minimizado. Além disso, vários participantes corroboravam com a visão de que um novo aumento nas taxas de juros seria apropriado em breve. Será importante verificar o posicionamento da instituição em relação à alta recente dos salários, para 2,9%. Em termos de dados, teremos na quinta a leitura final do PIB, seguida por pedidos de bens duráveis. Na sexta, dados de renda e gastos pessoais encerrarão a semana. Também merecem destaque as divulgações norte-americanas dos gastos pessoais, dos índices de confiança de Michigan e do Conference Board, além do PMI da China.