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Agenda Econômica Semanal – 22 a 28 de fevereiro de 2021

Agenda Econômica Semanal – 22 a 28 de fevereiro de 2021

Esta semana: inflação no radar doméstico e indicadores dos EUA no radar internacional

Dados domésticos de inflação e indicadores de confiança estarão no radar do mercado esta semana. O IPCA 15 de fevereiro deve trazer algum alívio dos preços de alimentação, com os núcleos demandando maior atenção: índice deve desacelerar de 0,78% para 0,51%, refletindo o arrefecimento da alimentação, o recuo na energia elétrica e o movimento de preços de itens de Vestuário. O resultado do IGP M deste mês, por sua vez, deve mostrar preços no atacado ainda pressionados. Na quinta, o IGP-M de fevereiro deve desacelerar de 2,58% para 2,33% devido ao recuo do minério de ferro. No índice de preços ao consumidor, o destaque deve ficar com o alívio na alimentação e energia elétrica. Na quarta, o INCC deve acelerar de 0,93% para 1,03% (M/M), puxado por materiais e equipamentos da construção civil.

Já as sondagens ganham importância adicional neste início de ano, em que os indicadores de atividade conhecidos até o momento sugerem contração do PIB neste trimestre. Ao longo da semana serão divulgadas as sondagens da confiança de fevereiro da FGV. Na quarta, será a vez de conhecermos os números da sondagem do consumidor e da construção. Na quinta, haverá a publicação da confiança do comércio e na sexta os dados da confiança da indústria e do setor de serviços.

Na sexta, o IBGE divulgará a taxa de desemprego de dezembro. Nossa estimativa, é que ocorra queda de 14,1% para 14,0%, contudo, no dado com ajuste sazonal, o indicador deverá avançar de 14,6% para 16,7%, atingindo o maior nível da série histórica. Apesar dos bons números de geração de vagas, a oferta ainda não está sendo capaz de absorver completamente os novos entrantes na força de trabalho, que tem buscado uma colocação em virtude do esgotamento dos auxílios à renda (emergencial e seguro-desemprego). Ao longo da semana teremos a divulgação do saldo do Caged de janeiro, que deverá sofrer uma influência altista por conta da nova metodologia (e-social). Nossa estimativa é que o saldo com ajuste sazonal alcance 151.123 contra 141.905 da medição anterior.

Por fim, as notas de setor externo, fiscal e de crédito de janeiro também serão conhecidas ao longo da semana. Na quinta, O resultado primário do Governo Central deve totalizar superávit de R$16,9bi em janeiro/21 ante déficit de R$44,1bi no mês anterior. O término do auxílio emergencial no final do ano passado contribui positivamente para o resultado, reduzindo as despesas primárias em torno de R$20 bi neste mês. Adicionalmente, do lado das receitas, o impulso deve vir da sazonalidade positiva para arrecadação de IRPJ/CSLL.

Na semana, arrecadação federal de janeiro deve subir de R$159,1 para R$169,3. Se nossa estimativa for confirmada, a arrecadação terá queda real de 7,4% (YoY), com destaque negativo para o fraco desempenho do Imposto de Renda (-10,4%, YoY, em termos reais) e de Contribuições (-9,1%, YoY, em termos reais). Na sexta, também teremos a definição da bandeira tarifária de energia elétrica pela Aneel. Acreditamos que deve ser adotada a bandeira verde.

No exterior, dados da economia norte americana continuarão como destaque. Após surpresa positiva com o resultado das vendas do varejo em janeiro, espera se crescimento dos gastos pessoais no período. Adicionalmente, as sondagens de fevereiro devem reforçar a percepção de aceleração da atividade dos EUA.

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