A agenda desta semana vem um pouco esvaziada por causa do feriado nos EUA na quinta-feira (Dia de Ação de Graças), mesmo assim tem a ata da última reunião do Fed e o IPCA-15 como destaques.

No Brasil, atenção para os dados do IPCA-15, especialmente após a inflação em outubro ter vindo acima das expectativas do consenso de mercado. O indicador de novembro (quinta-feira), também conhecido como a prévia do IPCA, deve acelerar de 0,16% para 0,53%, puxado pelos alimentos in natura, etanol, bens duráveis, gasolina e energia elétrica. Na sexta-feira é a vez da leitura do INCC de outubro que deve acelerar de 0,04% para 0,32%, impulsionado pelos reajustes salariais dos trabalhadores da construção civil em Brasília e da reversão de sinal de materiais e equipamentos.

Na quarta-feira, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgará o saldo de empregos formais (CAGED) de outubro. Nossa estimativa é que ocorra saldo de 211 mil, impulsionado, novamente, por Serviços.

Já a arrecadação federal de outubro (terça-feira) deve sair de R$166,3 bi para R$190,9 bi, impulsionado por royalties e participação especial do petróleo (12,9%, YoY, em termos reais). Caso nossa projeção se confirme, a arrecadação federal terá alta de 0,3% YoY, em termos reais, e de 6,8% YoY em termos nominais.

Esta semana teremos também (quinta-feira), a publicação pela Fundação Getúlio Vargas da confiança do consumidor de novembro.

No exterior, os investidores estarão atentos à divulgação (quarta-feira), da ata da última decisão de juros do Fed. Na ocasião, o BC americano elevou as taxas do país para a faixa entre 3,75% e 4% ao ano — o maior nível desde a crise de 2008. A ata do FOMC deverá indicar os próximos passos da política monetária após as autoridades terem adotado o quarto aumento sucessivo em 75bps. Espera-se que o Fed comece a debater quando deverá iniciar uma redução no ritmo de altas e a velocidade desse movimento, já que o mercado de trabalho continua apertado e a inflação ainda em patamares elevados.