Agenda doméstica vem fraca esta semana, com IPCA-15 e sondagens do nível de confiança
A semana vem esvaziada, com poucos indicadores na agenda doméstica, muito por conta do feriado municipal de São Paulo na sexta-feira devido à comemoração do aniversário da cidade. O resultado do IPCA-15 e prévia das sondagens de janeiro são os destaques e deverão reforçar o cenário de recuperação da atividade em ritmo moderado e inflação contida.
O IPCA-15 de janeiro deve subir de –0,16% para 0,37%, que deverá mostrar continuidade da dinâmica benigna dos núcleos. Destaque, para o encarecimento dos alimentos (cereais, alimentos, in natura e carnes), os impactos iniciais dos reajustes de tarifas de transportes urbanos e a expectativa de alta do grupo de cuidados pessoais devido ao fim do efeito das liquidações do Black Friday. Também, vale lembrar que deve haver arrefecimento de Energia e dos Combustíveis.
Paralelamente, as leituras preliminares das sondagens da FGV (quarta-feira) deverão manter a tendência verificada no mês passado, com empresários e consumidores apresentando elevado de confiança para os próximos seis meses, mas com a avaliação da situação atual ainda contida. A FGV divulgará os números do monitor do PIB, indicador mensal que busca reproduzir a série oficial do PIB, publicada trimestralmente pelo IBGE. No decorrer da semana, o Ministério do Trabalho e Emprego deve publicar o saldo de empregos formais (CAGED) de dezembro. Nossa estimativa é de fechamento de 402 mil vagas. Na sexta-feira, a CNI trará os seus números também referentes à confiança da indústria.
Na agenda internacional, a decisão de política monetária do BCE e a divulgação dos dados de atividade chinesa do quarto trimestre e das prévias dos índices de atividade PMI de janeiro serão os destaques. O Banco Central Europeu (BCE) deverá trazer um comunicado alinhado com o último discurso do seu presidente, Mario Draghi, que reconheceu uma piora da atividade econômica no bloco, causada principalmente por vetores externos. No mesmo sentido, os dados de atividade chinesa do quarto trimestre deverão confirmar a moderação da atividade no país. Por fim, as prévias dos índices PMI de janeiro deverão corroborar o cenário de menor crescimento da economia mundial.