Inflação ao consumidor será o destaque da agenda de indicadores da próxima semana no Brasil
O IPCA-15 de agosto (quinta-feira), deve desacelerar de 0,64% para 0,11%. O indicador deverá mostrar dissipação dos efeitos da paralisação dos caminhoneiros, resultando em deflação de alimentação O movimento deve ser influenciado pela deflação do grupo Alimentação, com proteínas revertendo a alta registrada no mês anterior e a descompressão dos Transportes, que devem refletir a deflação de passagens aéreas (-20,0 %) e dos combustíveis (Etanol e Gasolina). Além disso, o grupo Habitação deve desacelerar por conta da dissipação do efeito da entrada da bandeira vermelha em nível 2, em vigor desde junho. Na direção oposta, o reajuste de cursos puxará a aceleração do grupo Educação, o que somado à alta de Saúde e cuidados pessoais, atuarão como vetores de alta para o IPCA-15. Contudo, ainda que em patamar confortável, os núcleos continuarão com ligeira aceleração.
Entre os dados de atividade econômica, destaque para as sondagens da indústria, comércio e consumidor. Ainda sem data definida, é possível que tenhamos a divulgação, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, da geração de emprego formal de julho. No decorrer da semana, será divulgado ainda o relatório dos empregos formais, a partir de dados do CAGED (Ministério do Trabalho e Emprego). Esperamos a criação de 19 mil novas vagas em julho. O resultado, se confirmado, estará abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior (35,9 mil) e da média para os meses de julho nos últimos anos. A FGV publicará algumas de suas sondagens sobre a confiança em agosto. Na terça, destacamos que será publicada a prévia da confiança da Indústria. Na sexta, serão divulgadas as sondagens do Comércio e do Consumidor.
Na agenda internacional, além das prévias dos índices PMI de agosto, as tensões comerciais e geopolíticas continuarão no radar. Conheceremos as prévias dos indicadores da indústria e de serviços dos EUA e da Área do Euro. Na agenda internacional, também serão destaques a divulgação da última ata do FOMC e o simpósio anual de Jackson Hole, que contará com a participação de diversos banqueiros centrais.