O resultado da produção industrial de fevereiro será o destaque da agenda doméstica
Esta semana terá agenda variada de indicadores de atividade tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, incluindo dados que podem afetar a expectativa para as taxas de juros. Na agenda doméstica, atenção para os dados de produção industrial (terça-feira) e dados secundários de inflação, como o IPC-S e IPC-Fipe.
A produção industrial deve crescer 0,2% em fevereiro ante o mês anterior, alinhada com a nossa expectativa de retomada moderada da economia brasileira no primeiro trimestre do ano, com crescimento do PIB de 0,5%. A boa perspectiva de demanda no setor para os próximos 3 meses (9,5%), o avanço da confiança, liderado pelas expectativas dos empresários e o aumento no Nível de Utilização da Capacidade Instalada dão suporte a nossa perspectiva positiva. Na quinta-feira, a Anfavea deve divulgar seus números de março sobre o setor automobilístico.
Os índices da 4ª quadrissemana de março de preços ao consumidor serão conhecidos no decorrer da próxima semana. Na segunda-feira, o índice da FGV deve mostrar aceleração de 0,14% para 0,17%. Na terça-feira, o índice da FIPE deve voltar ao terreno positivo, ao passar de –0,12% para 0,05%.
No exterior a semana será mais agitada, com principal destaque ficando para o relatório de emprego dos EUA, referentes ao mês de março, que será divulgado na sexta-feira. O dado de março será importante para o mercado calibrar a intensidade do crescimento americano no primeiro trimestre e a trajetória futura da inflação, ajustando suas apostas quanto ao ritmo de aumento dos juros ao longo do ano, ressaltam os analistas. Ainda no exterior, atenção principalmente para os dados dos PMIs da indústria e serviços tanto dos EUA, quanto da Zona do Euro e, em especial, da China, que muitas vezes acaba impactando as commodities e se refletindo em algumas empresas da B3. Na Europa, a atenção também estará voltada aos indicadores de inflação. Por fim, os mercados globais estarão atentos a eventos não apenas econômicos, com o aumento da tensão das relações comerciais entre EUA e China e com o desempenho recente das ações ligadas às empresas de tecnologia dos EUA.