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Agenda Econômica Semanal – 1º a 8 de agosto 2016

Agenda Econômica Semanal
1º a 8 de agosto 2016
Produção industrial de junho deve deverá reforçar nossa expectativa de estabilização do setor

O resultado da produção industrial de junho (terça-feira) será o destaque da agenda doméstica desta semana. Para o indicador, estimamos alta de 1,1% na margem (m/m) devido aos bons números dos indicadores coincidentes (produção de veículos da Anfavea, +14,3%m/m; expedição de papel ondulado da ABPO +2,0%m/m; expectativa do empresário industrial +6,1%m/m). Caso se confirme, marcará o quarto mês consecutivo sem retração da atividade da indústria, reforçando, assim, nossa expectativa de estabilização na indústria. Nesse sentido, os dados do setor automotivo referentes a julho também serão importantes, por serem as primeiras informações de atividade deste terceiro trimestre: os emplacamentos de veículos da Fenabrave serão divulgados amanhã, enquanto os dados de produção e vendas da Anfavea serão conhecidos entre quinta e sexta-feira.

No quesito inflação, é esperado que os IPCs (FIPE/FGV) da 4ª quadrissemana de agosto apresentam desaceleração. Contudo, o IPC-S da FGV, apresentado esta manhã, acelerou a alta a 0,37% em julho após encerrar junho com avanço de 0,26%. Em relação à terceira quadrissemana do mês, a alta praticamente não se alterou, após ter subido 0,36% no período anterior. Segundo a FGV, na comparação com a terceira quadrissemana destacou-se o resultado do grupo Transportes, que subiu 0,25% após queda de 0,07% na terceira quadrissemana. Em contrapartida o grupo Alimentação mostrou desaceleração no ritmo de alta, subindo 0,39% ante 0,71% terceira quadrissemana. Já para a inflação do índice da FIPE (quarta-feira) mantemos nossa posição de desaceleração, cuja variação deve sair de 0,72% para 0,58%, puxado pelo arrefecimento da inflação dos grupos Alimentação, Habitação e Transportes.

Na agenda norte-americana, o destaque da semana serão os números do mercado de trabalho. Além disso, teremos o relatório de renda e gasto pessoal e alguns dados do setor industrial completando a semana. Após a frustração com o resultado do PIB norte-americano do segundo trimestre, o mercado aguardará a divulgação dos dados de mercado de trabalho dos EUA de julho, na sexta-feira. Nossa projeção indica a criação de 175 mil novos postos de trabalho em julho, o que representa uma queda em relação ao resultado anterior. Embora a média móvel de quatro semanas dos pedidos de auxílio desemprego tenha diminuído de 165 mil para 160 mil de junho, consideramos que os dados de julho devem expurgar os efeitos transitórios que ocorreram nos meses anteriores. Apesar da expectativa de menor abertura de vagas, a taxa de desemprego deverá reforçar a visão de que a economia está em pleno emprego ao recuar de 4,9% para 4,8%. Um ritmo mais fraco de geração de vagas poderá levar os analistas a alterarem suas expectativas de elevação da taxa de juros norte-americana neste ano, depois que a autoridade monetária deixou a porta aberta para um aumento em sua próxima reunião, diante do fortalecimento do consumo e da melhora do emprego.

Além disso, na quinta-feira, o Reino Unido divulgará sua decisão de política monetária, para a qual o mercado espera adoção de estímulos, para conter possíveis efeitos da saída do país da União Europeia. Em sua última reunião, o BoE surpreendeu o mercado ao manter inalterada a sua taxa de juros. A expectativa é a de que, conforme sinalizado, a autoridade reduza a taxa básica em 25bps e anuncie nova expansão do seu programa de compra de bônus. Já a leitura final do PMI Industrial na Zona do Euro não deve apresentar alteração em relação a prévia. Se confirmado, o resultado de julho representa queda ante o resultado anterior, porém significativamente acima do nível de contração. Este desempenho demonstra resiliência econômica por parte do bloco após o Brexit.

Na China serão divulgados os PMIs da Industria medidos pelo órgão oficial do governo e o dado medido pelo grupo Caixin/Markit. O PMI oficial não deve apresentar alteração, enquanto o PMI divulgado pela Caixin deve apresentar ligeira alta. O resultado sugere que o setor industrial do país está estagnado, reforçando a ideia de que o governo pode adotar mais estímulos para impulsionar a economia em algum momento do 2S2016.

agenda economica semanal 1 a 8 agosto 2016 tabela

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