No Brasil, teremos esta semana uma agenda econômica mais tranquila. Um dos focos está no IPCA-15 de dezembro, prévia oficial da inflação, que será divulgado na próxima sexta-feira. O IPCA-15 de dezembro deve acelerar de 0,53% para 0,55%, puxado por alimentos e passagens aéreas. Limitando o movimento, destaque para bens industriais, em razão das promoções da Black Friday.
Na terça-feira, a arrecadação federal deve sair de R$205,4 bi para R$181,9 bi em novembro. Se nossa estimativa for confirmada, a arrecadação deve avançar 9,4% (YoY), em termos reais. Entre os destaques positivos, vale citar o recolhimento do imposto de renda. Cabe ressaltar que a queda na arrecadação nesta leitura já era esperada diante do aumento sazonal da arrecadação em outubro.
Na sexta-feira, o Ministério de Trabalho e Emprego deve informar saldo de empregos formais (Caged) de novembro. Nossa estimativa é que sejam criadas 134 mil vagas, puxado por serviços e comércio.
Depois de uma semana de decisão de juros nos Estados Unidos, o investidor deve ficar atento à divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) trimestral do país na quarta-feira. O PIB 3T22 nos EUA deve confirmar crescimento de 2,9% (QoQ), tendo como importante vetor positivo o Consumo Pessoal. O índice antecedente de novembro deve variar –0,4% (MoM) ante –0,8% (MoM) do mês anterior. Também na quinta, o tracker de atividade do Fed regional de Chicago (CFNAI) para o mês de novembro será conhecido e, finalizando o dia, teremos a divulgação dos dados semanais dos pedidos de seguro-desemprego.
Na sexta, haverá as divulgações do deflator do PCE, bem como da renda e dos gastos pessoais de novembro, que devem avançar 0,2% (MoM). Para a prévia dos pedidos de bens duráveis de novembro é esperada variação de –0,5% (MoM), representando uma deterioração relevante ante 1,1% (MoM) registrado em outubro.
A semana de indicadores na área do Euro é bastante esvaziada na região diante da proximidade dos feriados do final de ano, com destaque para a divulgação de dados de Confiança do Consumidor e da Produção do setor de Construção. Também na Ásia, a semana traz poucos indicadores para a região, com destaque para divulgação da taxa referencial de juros na China na segunda. O mercado espera estabilidade nos níveis de 3,65% e 4,3% para os prazos de 1 e 5 anos, respectivamente. A autoridade monetária deverá aguardar os efeitos da redução na taxa de compulsório para reavaliar futuramente a necessidade de novos estímulos sob o risco de desvalorização do yuan frente a um diferencial de juros mais elevado.