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Agenda Econômica Semanal – 17 a 23 de setembro de 2018

Na agenda doméstica, destaque para a decisão de política monetária e inflação ao consumidor

Apesar da depreciação cambial observada ao longo das últimas semanas, em grande medida desencadeada pelo cenário internacional mais desafiador, as expectativas de inflação mantiveram-se ancoradas e os dados de atividade seguiram moderados. Dessa forma, esperamos manutenção da Selic em 6,5% na próxima semana. Na quarta, acontecerá a reunião do Copom, o principal evento da semana. Nela, acreditamos que o Banco Central do Brasil deve anunciar a manutenção da taxa básica de juros da economia em 6,5% a.a., se abstendo novamente de sinalizar os próximos passos da política monetária. A instituição deve sustentar sua posição com base nas (i) expectativas inflacionárias, que seguem bem ancoradas, apesar do câmbio mais pressionado, (ii) na recuperação da atividade em ritmo lento, (iii) na permanência da ociosidade em nível bastante elevado, (iv) nas incertezas políticas e (v) nas poucas alterações do cenário externo.

Nesta segunda, o Banco Central divulgou o IBC-Br de julho que apresentou alta de 0,57% ante junho, na série com ajuste sazonal. A elevação ocorre depois de avanço de 3,42% em junho (dado já revisado), em movimento de recuperação após a greve dos caminhoneiros. Na comparação entre os meses de julho de 2018 e julho de 2017, houve alta de 2,56% na série sem ajustes sazonais.

Quanto ao IPCA-15, estimamos ligeira elevação de 0,13% para 0,14% em setembro, com a continuidade da trajetória de aceleração dos núcleos. Destaque para a reversão do grupo Transportes, refletindo a alta de 20,0% (MoM) do item Passagem aérea, e do grupo Vestuário, em decorrência do aumento sazonal pela troca de coleção.

Vale destacar também, ainda sem data definida, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgará o saldo de empregos formais de agosto. Nossa estimativa é de que saldo será positivo em 56 mil vagas. Na sexta, a FGV publicará sua sondagem de setembro sobre a prévia da confiança da indústria e o índice da confiança do consumidor. Esta semana conheceremos ainda a arrecadação federal de agosto deve ser de R$110,5 bi, o que representará, em termos reais, alta anual de 1,8%. A arrecadação tem sido beneficiada pelos parcelamentos com os programas PERT e PRT.

Prévias dos índices PMI na Europa e nos EUA concentrarão as atenções da agenda externa. Além dos mercados emergentes, primeiros indicadores de atividade de setembro serão destaque ao longo da próxima semana. Nos EUA, serão divulgados o Empire Manufacturing, a Sondagem Industrial do FED da Filadélfia e o PMI industrial. Na Área do Euro, o foco será o PMI da indústria e de serviços, tanto para o bloco quanto para a Alemanha. Esses resultados poderão confirmar a divergência de ritmo de crescimento entre as regiões, com desaceleração na grande maioria dos países e manutenção da forte expansão nos EUA.

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