Ata do Copom e posse de Trump estarão no radar do mercado nesta semana
A semana está carregada de indicadores e eventos importantes e tem como destaque na agenda doméstica a ata da reunião da semana passada do Copom. O documento, que será conhecido amanhã, deve trazer detalhes sobre as condições que levaram o Banco Central a optar por um corte mais forte na taxa básica de juros, de 0,75 ponto porcentual. Há expectativa de que a autoridade monetária indique quais são os fatores condicionantes para que o ritmo de corte atual seja mantido nos próximos encontros, dando alguma pista sobre os próximos passos do comitê. Nesse contexto, esperamos que o comportamento recente da inflação no curto prazo continue favorecendo a queda de juros. Projetamos alta de 0,33% do IPCA-15 de janeiro (quinta-feira), variação inferior à sugerida pela sazonalidade do período. Já o IGP-10 deste mês (terça-feira) deverá mostrar elevação de 0,93%. Apesar da aceleração impulsionada pela maior expansão do IPA industrial, os preços de alimentos no atacado seguirão no campo deflacionário.
A semana está só começando, mas o clima já é de cautela nos mercados internacionais à espera pela posse no novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (sexta-feira). Na agenda internacional da semana também merece destaque a divulgação do PIB do quarto trimestre da China (sexta-feira), que será acompanhada de outros dados importantes como vendas do varejo e produção industrial do gigante asiático. A agenda de indicadores dos Estados Unidos desta semana traz como destaques a produção industrial e o índice de preços ao consumidor (CPI), ambos de dezembro (quarta-feira). Na Europa, estarão no foco o índice de preços ao consumidor (CPI) da área do euro (quarta-feira) e no Reino Unido (terça-feira). A agenda de eventos da Europa traz também a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) (quinta-feira). O mercado espera a manutenção da taxa básica de juros e do programa de compras de títulos, que já havia sido prorrogado até setembro deste ano na decisão anterior. Na Ásia, a China informa o Produto Interno Bruto (PIB), produção industrial e vendas no varejo e os investimentos em ativos fixos de dezembro (sexta-feira).