Arrecadação federal e índices de inflação são destaques da agenda doméstica desta semana
Após a surpresa positiva do IBC-Br (hoje pela manhã), que registrou queda de 0,44%, inferior à esperada pelo mercado, a agenda doméstica desta semana tem poucos destaques, entre eles a arrecadação federal e indicadores de inflação.
No decorrer da semana, teremos a divulgação da arrecadação federal impostos e contribuições em abril. Estimamos aumento de R$99 bi para R$119 bi, refletindo a elevação sazonal decorrente do recolhimento do imposto de renda. Se confirmado, o crescimento anual na arrecadação será de 3,3%.
O IGP-10 (terça-feira) deve intensificar a deflação de -0,76% para –1,05% em maio, puxado sobretudo pelo recuo no preço dos grãos e do minério de ferro. Na quinta-feira, a 2ª prévia do IGP-M de maio deve diminuir moderadamente a deflação em relação à 1º prévia. Esse movimento deve ser liderado pela deflação menos intensa dos grãos, mas que por outro lado, deverá ter seu efeito limitado pela queda mais intensa dos Produtos industriais, impactados pelo expressivo recuo do minério de ferro. Os IPCs da 2ª quadrissemana deverão ter movimentos distintos. De um lado o índice medido pela FIPE deverá ser impactado pela desaceleração dos alimentos, enquanto de outro, o calculado pela FGV refletirá a normalização do Encargo de Energia Elétrica.
Além disso, a CNI divulgará os dados da confiança do empresário industrial de maio, na quarta-feira, e da Sondagem da Indústria de abril, na sexta-feira. Na quinta-feira, será divulgada a pesquisa trimestral da PNAD Contínua sobre o 1T17.
Na agenda externa, amanhã teremos o resultado da produção industrial dos Estados Unidos em abril. No mesmo dia, será conhecida a segunda leitura do PIB do primeiro trimestre da Área do Euro e, na quarta-feira, será divulgado o dado final da inflação de abril. Na Alemanha, teremos o índice Zew de sentimento econômico, um dos primeiros indicadores de maio, na terça-feira. Além disso, ao longo da semana, os bancos centrais do Chile, do México e da Polônia terão reunião de política monetária.