Apesar do feriado no meio da semana, teremos importantes indicadores de atividade
A semana da agenda doméstica contará com a divulgação de dados de atividade ainda referentes a setembro. As vendas do comércio varejista e a receita de serviços deverão mostrar continuidade da expansão econômica. As vendas do varejo restrito (terça) de setembro devem crescer 0,6% (MoM). Dá suporte a essa avaliação o comportamento dos indicadores coincidentes, que apontam para um forte desempenho dos Hipermercados (2,0% MoM, Abras | 0,5% MoM, Boa Vista) e para um bom movimento do comércio geral (1,0% MoM, Serasa). No conceito ampliado, que inclui veículos e material para construção, a alta deve ser de 0,9% (MoM), em razão da melhora nas vendas de veículos (6,2% MoM, Anfavea | 5,5% MoM, Fenabrave).
Na sexta, o volume de serviços de setembro deve ficar estável na margem. De um lado, temos a expectativa de que o setor de transporte avance, uma vez que, no mês, houve maior fluxo de veículos pesados nas estradas (0,7%) e há a perspectiva de que o varejo ampliado seja impulsionado pelo setor automotivo. Por outro lado, os serviços prestados às famílias devem registrar nova queda, diante de mais um mês sem estímulos de renda e da ainda fraca recuperação do emprego formal (-50 mil em setembro).
Na semana, também está prevista a publicação trimestral da PNAD Contínua do 3T17, pesquisa que mostra mais aberturas (emprego por faixa etária, gênero, escolaridade…) do que a sondagem divulgada mensalmente pelo IBGE.
A arrecadação federal de outubro deve subir de R$105,6 bilhões para R$116,2 bilhões, em função da melhora sazonal oriunda do recolhimento do IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Todavia, se o resultado for confirmado, a arrecadação registrará queda real de 23,9% no comparativo anual. O dado de out/16, impulsionado pela repatriação de ativos de brasileiros no exterior, ajuda a explicar o número negativo tão expressivo.
Na agenda internacional, serão conhecidos indicadores de atividade nos EUA e na China. Produção industrial, vendas no varejo e indicadores de inflação serão os destaques na agenda norte-americana. Na China, além dos indicadores de atividade (produção industrial, vendas no varejo e investimentos), serão divulgados dados de crédito.