Números do mercado de trabalho, confiança e setor externo serão os destaques desta semana
Com a semana mais curta, por conta do feriado de Corpus Christi na quinta-feira, a agenda econômica desta semana vem com poucas novidades. Contudo, destacamos a atenção do mercado para os números sobre o mercado de trabalho, a confiança dos agentes econômicos e a nota do setor externo.
Ainda sem data definida, a geração de empregos formais de abril medida pelo CAGED será publicada esta semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego, para os quais a REAG estima contração líquida de 30 mil postos de trabalho em abril. O movimento negativo do saldo de empregos formais deve ser observado mais uma vez devido ao ambiente de contração na atividade econômica segundo dados antecedentes: produção de automóveis (-1,2% MoM) e confiança do consumidor (-2,0% MoM).
No tocante aos indicadores de confiança, os resultados de maio dos levantamentos realizados pela FGV serão conhecidos ao longo da semana. Como destaques teremos a confiança do consumidor (terça-feira) e a confiança da indústria (prévia, hoje). A expectativa da REAG é que os números de confiança trarão informações importantes acerca do desempenho da atividade econômica para o segundo trimestre deste ano, devendo reforçar nossa expectativa de possível, apesar de tímida, melhora no período. Nossa expectativa vai de encontro aos resultados da confiança na indústria em maio, divulgados há pouco pela FGV: avanço de 1,3 ponto na margem, descontada a sazonalidade, levando o indicador ao maior nível desde março do ano passado e a terceira elevação consecutiva.
A nota do setor externo de abril, a ser divulgada pelo Banco Central amanhã, será um dos destaques da agenda doméstica nesta semana. Projetamos déficit de US$ 900 milhões em transações correntes no período, bem como um Investimento Direto no País de US$ 5,3 milhões. Na quarta, os indicadores de crédito devem mostrar redução no estoque.
No âmbito dos índices de inflação, o INCC será o principal indicador da semana, para o qual a REAG prevê aceleração de 0,41% para 0,98% (MoM) em maio, refletindo a elevação nos custos de mão de obra da construção civil. Os IPCs (FGV e da Fipe) da 3ª quadrissemana de maio também serão conhecidos durante a semana. Ambos devem mostrar intensificação no ritmo de alta motivada pelo aumento de impostos sobre o fumo e pelo reajuste nas tarifas de água, esgoto e energia elétrica em algumas capitais.
Agenda Internacional: no exterior, após a divulgação da Ata do FOMC na semana passada deixar em aberto a possibilidade de elevação da taxa de juros norte-americana em junho, a nova leitura preliminar do PIB dos EUA do primeiro trimestre, na sexta-feira, será o principal indicador na agenda internacional. Também terão papel de destaque as prévias dos índices PMI dos EUA de maio, na quarta-feira.