Agenda Econômica Semanal
14 a 20 de março de 2016
Mercado estará atento à reunião do Fed nesta semana
A agenda econômica desta semana traz poucos eventos, enquanto na agenda internacional traz a reunião do Fed.
No cenário nacional, destacamos a divulgação da Pnad Contínua de 2015, na terça-feira, na qual a REAG prevê que a taxa de desemprego tenha atingido 9,0% em dezembro. Ainda na terça-feira será conhecido o primeiro indicador de confiança industrial de março, apurado pela CNI, o qual é esperado pela REAG estabilidade e até mesmo uma possível melhora da confiança, assim como um leve ajuste dos estoques. O IGP-10 de março será anunciado na quarta-feira, e nossa projeção aponta elevação de 0,6%, com desaceleração da inflação sazonalmente esperada para o período por conta do menor impacto dos preços industrializados e da queda dos preços dos alimentos.
Na agenda internacional, o mercado aguarda atento à reunião de política monetária do Fed, que divulgará sua decisão na quarta-feira. Também nos EUA, as informações acerca do desempenho das vendas no varejo e da produção industrial de fevereiro serão conhecidas na terça e quarta-feira, respectivamente. Na Área do Euro, a divulgação dos dados da balança comercial de janeiro e da inflação ao consumidor do mês passado ocorrerá na quinta-feira.
Focus: mercado revisa para baixo expectativas para o IPCA em 2015
O relatório Focus, divulgado esta manhã pelo Banco Central trouxe poucos ajustes de suas projeções, com destaque para a revisão de baixa nas projeções do IPCA de 2016. A projeção do IPCA deste ano recuou consideravelmente (-0,13 p.p.) puxada pela queda nos preços livres, uma vez que a projeção de preços monitorados não se alterou. A expectativa da mediana para o IPCA de 2016 recuou de 7,59% para 7,46% e se manteve em 6,00% para 2017. A projeção do PIB de 2016, por sua vez, recuou discretamente de -3,5% para -3,54%. As projeções de inflação e PIB de 2017 não se alteraram. Tanto para este ano como para o próximo, as projeções de câmbio seguem recuando nas últimas semanas. As estimativas para a taxa de câmbio caíram de R$/US$ 4,30 para R$/US$ 4,25 no final deste ano e de R$/US$ 4,40 para R$/US$ 4,34 ao final do ano que vem. Por fim, a mediana das projeções para a taxa Selic ficou inalterada em 14,25% para o final de 2016 e em 12,50% para o próximo ano.
IBC-Br: retração em janeiro veio mais forte do que a esperada
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) do Banco Central recuou 0,61% em janeiro comparativamente a dezembro com ajuste sazonal. O IBC-Br é uma espécie de indicador antecedente do PIB e incorpora estimativas para os setores de serviços, indústria e agropecuária, além de impostos sobre produtos. O resultado veio pior que a expectativa do mercado, que era de queda de 0,20%. Na comparação com janeiro do ano passado, o índice dessazonalizado retrocedeu 6,70%. O resultado negativo sinaliza continuidade do aprofundamento da recessão do país no início deste ano em meio à inflação de 10% no acumulado em 12 meses até fevereiro, juros elevados, contínuo aumento da taxa de desemprego e do acirramento da crise política. Com ajuste sazonal, no acumulado dos 12 meses encerrados em janeiro, a queda do IBC-Br é de 4,44%.